Na noite anterior, explosões atingiram Jwar al-Ordi, outra área densamente povoada em Sanaa, próxima ao centro histórico da cidade. Os moradores da área relataram graves danos a bens e infraestruturas civis.
"O barulho foi terrível. Não era parecido a nada que já ouvi antes. Fiquei com tanto medo que não sabia o que fazer com a minha mulher diabética e as minhas filhas que estavam em pânico. Não sabia como consolá-las", contou Abu Mohammed, pai de cinco crianças e morador de Jwar al-Ordi.
"É desolador ver que os civis no Iêmen estão constantemente pagando o preço mais elevado deste conflito que não tem fim", afirmou o diretor regional do CICV para o Oriente Médio, Robert Mardini, atualmente visitando o Iêmen. "Nós no CICV continuaremos instando as partes em conflito a respeitarem as normas da guerra e a tomarem todas as precauções para poupar e proteger os civis", acrescentou.
O CICV respondeu com rapidez ao fluxo de vítimas nos hospitais Sanaa, enviando dois kits para o atendimento de feridos de guerra, suficientes para atender cem pessoas gravemente feridas aos hospitais de Al- Joumhouri e Al-Thawra, imediatamente depois das explosões de segunda-feira.
"Hoje é 8 de maio e celebramos o Dia da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. É uma ironia do destino que celebremos o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho de 2018 no Iêmen em um momento no qual as normas que regem a conduta de hostilidades não estejam no topo da lista de prioridades dos lados beligerantes", declarou Mardini.



 
 












