Muitos tiveram de abandonar tudo o que tinham e não têm meios de prosseguir a viagem até à sua região natal. Algumas pessoas transportavam consigo alguns bens, como colchões e mobílias. A maioria das pessoas, porém, teve de vender todos os bens que tinham para poder pagar comida ou transporte.
A Chefe das operações do CICV em Kamako, Anna Praz, informa que as pessoas ficaram extremamente vulneráveis e sofrem com privações e carências graves. Homens, mulheres e crianças estão amontoados no posto fronteiriço, em Kamako e nas áreas próximas, mas os serviços existentes não conseguem atender nem mesmo as necessidades mais urgentes. Falta alojamento, assistência à saúde e comida, com um risco significativo de doenças. Todos os dias, aproximadamente 100 pessoas utilizam os serviços gratuitos do CICV e da Cruz Vermelha da República Democrática do Congo para chamar as suas famílias.
Milhares de pessoas estão a regressar a uma província onde ocorreram graves distúrbios entre 2016 e 2017. A violência étnica e de outro tipo causaram milhares de mortes e obrigaram cerca de um milhão de pessoas a fugir, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários. Em Setembro de 2017 o ACNUR informou que nove dos dez povoados na região de Kamako foram reduzidos a cinzas.



 
 












