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quinta-feira, 14 fevereiro 2019 14:44

O mundo está preparado para enfrentar uma guerra nuclear? Não. Então precisamos proibir a bomba

Setenta e quatro anos depois que as armas nucleares destruíram completamente as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, o risco de que essas armas sejam utilizadas novamente está a aumentar.

Ao contrário de tomarem medidas para cumprir com as suas obrigações de desarmamento nuclear de longa data, os Estados que possuem armas nucleares estão a aumentar o seu arsenal, desenvolvendo novos tipos de armas e tornando-as mais fáceis de usar. Incidentes militares envolvendo os Estados com arsenal nuclear e os seus aliados ocorrem com uma frequência alarmante.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) está sumamente apreensivo com a preocupante erosão do marco de desarmamento nuclear e controlo de armas nucleares. Decisões tomadas recentemente contribuem para uma tendência inquietante em direcção a uma corrida armamentista nuclear e, consequentemente, a um aumento no risco do uso das armas nucleares. O CICV faz um apelo aos respectivos Estados e a quem possa influenciá-los para que esta tendência perturbadora seja revertida.

Com o objetivo de conter a escalada dos riscos nucleares na política internacional, o CICV, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) e o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em geral lançaram no passado dia 11 de Fevereiro uma campanha global. O vídeo da campanha visa chamar a atenção do público para as consequências humanitárias catastróficas de uma guerra nuclear, buscando incentivar as pessoas a pressionarem os seus governos a assinar e ratificar o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares.

Veja o video da campanha.

 

Convidamos o público a inscrever-se para saber mais sobre a campanha aqui: fimdasarmasnucleares.org

“Qualquer risco de uso de armas nucleares é inaceitável. O Tratado representa um sinal de esperança e uma medida essencial para reduzir o risco de uma catástrofe nuclear”, afirmou o presidente do CICV, Peter Maurer.

Setenta países até agora assinaram o Tratado, enquanto 21 ratificaram ou aderiram de outro modo.

“Em muitos países, as Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho estão a trabalhar junto aos governos, parlamentos nacionais e sociedade civil para facilitar a rápida adesão ao Tratado. Continuaremos a trabalhar com a nossa rede para promover um mundo sem armas nucleares. Nada pode preparar o mundo para os horrores de uma guerra nuclear. Depois de 74 anos, ainda não aprendemos a lição de sofrimento, devastação e morte de Hiroshima e Nagasaki”, declarou o presidente do FICV, Francesco Rocca.

“Cidadãos, parlamentares e sociedade civil têm todos um papel crucial nos esforços para reduzir o risco do uso das armas nucleares. Neste momento de crescente tensão internacional, faço um apelo a todos para agir com urgência e determinação para o fim da era das armas nucleares”, acrescentou Maurer.

As armas nucleares são o armamento mais devastador e destrutivo já inventado. A Cruz Vermelha Japonesa e o CICV foram testemunhas directas em Hiroshima e Nagasaki em 1945, ao tentar levar socorro aos feridos e moribundos. As explosões nucleares mataram dezenas de milhares de pessoas, destruindo as estruturas de saúde e deixando condições aterradoras para os sobreviventes. Até hoje os hospitais da Cruz Vermelha Japonesa continuam a tratar vítimas de câncer, incluindo leucemia, atribuídos à radiação das explosões de 1945.

As provas bem documentadas das consequências humanitárias catastróficas das armas nucleares lançam dúvidas sobre se essas armas poderiam ser utilizadas alguma vez segundo o Direito Internacional Humanitário (DIH). Com base nisso, o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho tem feito um apelo constante para que as armas nucleares nunca mais sejam usadas e para a sua total proibição e eliminação.

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