Fatoumata Nafo-Traoré, Diretora Regional para a África da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC), disse: “Este perigoso e poderoso ciclone pode representar um risco extremo para milhares de pessoas em Moçambique. As nossas equipas estão em alerta máximo antecipando uma chegada do ciclone potencialmente destrutiva.” Acrescentando ainda: "Encorajamos as pessoas em Moçambique a permanecerem alertas, a acompanhar as previsões meteorológicas e a responder imediatamente a quaisquer mensagens de aviso que sejam transmitidas pelas autoridades".
Segundo os meteorologistas, a intensidade de Idai é igual à de um furacão do Atlântico da categoria 3. No entanto, no seu pico de intensidade, pode atingir o equivalente a um furacão de Categoria 4 ou mesmo de um furacão de categoria 5.
Dependendo da sua intensidade e trajetória, o ciclone Idai também poderá exacerbar a situação no sul do Malawi, onde mais de 115.000 pessoas foram afetadas por inundações severas. No Malawi, as equipas de busca e resgate da Cruz Vermelha estão ainda a socorrer pessoas que ficaram presas pela subida do nível das águas e a distribuir itens básicos de socorro em 6 dos distritos mais afetados.
Moçambique é regularmente atingido por ciclones. Em Fevereiro de 2007, o ciclone Favio danificou ou destruiu 130.000 casas e desalojou dezenas de milhares de pessoas. Em 2000, o ciclone Eline atingiu o centro de Moçambique já afectado pelas cheias, deixando cerca de 463.000 pessoas sem abrigo. Juntas, as inundações e o ciclone mataram cerca de 700 pessoas.



 
 











