A importância da desfibrilhação quando o coração pára
Perante uma paragem cardiorrespiratória (PCR), cada minuto conta.
Está provado que a probabilidade de sobrevivência nestas situações diminui 10% por cada minuto que passa sem nada ser feito. Passados mais de 5 minutos, a probabilidade desta sobreviver é quase nula.
O único tratamento eficaz aqui é a desfibrilhação eléctrica, que consiste na administração de choques eléctricos ao coração parado, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal.
Assim, salvar a vida de uma vítima de PCR em ambiente extra-hospitalar pode depender exclusivamente da existência de um aparelho de desfibrilhação nas imediações e da presença de alguém que o saiba utilizar.
Embora o Desfibrilhador Automático Externo (DAE) seja fácil de manusear, uma formação especializada com simulações práticas é a única maneira de uma pessoa se familiarizar com os passos a seguir e aprender a controlar a situação e os nervos para ser eficaz no momento da verdade.
Assim, e com o objectivo de capacitar pessoas para actuarem perante uma emergência cardiorrespiratória até à chegada de uma ambulância, a Cruz Vermelha disponibiliza à comunidade Programas de Desfibrilhação Automática Externa.
Programa de Desfibrilhação Automática Externa
O que é?
De acordo com a lei - DL 188/2009 e DL 184/2012 -, foram estabelecidas regras de utilização de um Desfibrilhador Automático Externo em ambiente extra-hospitalar por não médicos e de obrigatoriedade de equipamentos de Desfibrilhação Automática Externa em locais de acesso público, respectivamente.
Neste âmbito, foram criados Programas de Desfibrilhação Automática Externa que consistem na instalação de aparelhos DAE em espaços acessíveis ao público e na formação de pessoas que frequentem esses espaços em Suporte Básico de Vida (SBV) e Desfibrilhação Automática Externa (DAE).
A Escola de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa é a entidade formadora certificada pelo INEM para a implementação de Programas de Desfibrilhação Automática Externa.
A quem se destina?
- Estabelecimentos de ensino e formação;
- Pequenas, médias e grandes empresas;
- Centros de negócios e congressos;
- Locais de prática religiosa;
- Instalações hoteleiras;
- Ginásios e recintos desportivos;
- IPSS;
- Lares e centros de dia para idosos;
- Espaços de ATL para crianças/jovens;
- Espaços culturais e similares;
- Espaços de aluguer para festas;
- Condomínios;
- Bancos;
- Eventos públicos, como mercados municipais, feiras, maratonas.
Como funciona o DAE?
Leves e portáteis, fáceis de usar e seguros, são capazes de analisar automaticamente o ritmo cardíaco e determinar se a desfibrilhação é aconselhável.
Seguem os protocolos de uma forma autossuficiente, alertam para as condições de segurança e assinalam os passos do algoritmo a seguir. Produzem descarga eléctrica automática ou sob comando de um operador. Dão indicações sonoras ao operador. Gravam os dados para posterior análise.
Composição do Kit DAE
- Desfibrilhador Automático Externo, mala de proteção e transporte com 2 pares de elétrodos adulto/pediátrico;
- Caixa de fixação à parede com alarme, sinalética;
- Bolsa de Material de apoio (tesoura, 2 lâminas de tricotomia, 1 máscara reanimação, manta isotérmica, 3 pares de luvas e 4 compressas para limpeza).
Para mais informações e obtenção de uma proposta de implementação de um Programa de Desfibrilhação Automática Externa, contactar a estrutura local mais próxima ou os serviços centrais de Emergência pelo email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.